ROCK ENCYCLOPEDIA

dezembro 22, 2007

Journey – 1981 – Escape

Filed under: Hard Rock, Pop Rock, Soft Rock — Let It Play! @ 1:16 am

A intensidade de “Don’t Stop Believin” e a sutileza de “Open Arms”. Foi neste clima que Steve Perry, Neal Schon e companhia gravaram um verdadeiro clássico do soft rock e, talvez, o álbum mais significativo do estilo arena, ou A.O.R. (Adult Oriented Rock). Disco que até nome à jogo de video-game deu (Journey Escape, do Atari 2600). Este é o primeiro registro do Journey com Jonathan Cain nos teclados, que entrou no lugar de Gregg Rolie. “Escape” foi produzido por Kevin Elson e Mike Stone (produziu Queen, Asia, Kiss, Whitesnake e Ratt).

O álbum abre com o maior clássico da banda, “Don’t Stop Believin”, música que alavancou de vez o Journey, marcou época e até hoje é incansavelmente tocada nas rádios em todo o mundo. Maravilhosa música que prende a atenção do ouvinte desde a primeira nota no piano até o último sussurro de Perry, em fade out. “Stone In Love” é um grande rock com destaque para o baixo de Ross Valory, que dá um charme a mais à faixa.

Outro single da época vem em seguida, “Who’s Cryin’ Now”, música que, por incrível que pareça, conseguiu fazer mais sucesso do que “Don’t Stop Believin” no Reino Unido, permanecendo em melhor colocação no UK Top 75 Singles. Sem dúvida, outro clássico da banda. Clássicos não faltam no “Escape”. O final maestral de Neal Schon com seu solo cheio de feeling faz qualquer um se arrepiar.

“Keep On Runnin” é um rock simples e direto com um refrão daqueles que funcionam como uma luva em apresentações ao vivo. Steve Perry dá um verdadeiro show! A bela balada “Still They Ride” vem logo depois e é, com certeza, uma das mais belas músicas já feitas dentro do rock n’ roll. O destaque fica para a voz de Perry, sempre cheia de emoção, e o solo matador de Schon.

A faixa título, “Escape” também é bem direta e consegue manter o alto nível do álbum. É o tipo de som que veríamos anos depois bandas como Y&T fazer, com “Summertime Girls”. Mais um rockaço chega com “Lay It Down”. Riff matador sempre bem acompanhado pela cozinha da banda. O clima esquenta ainda mais com a faixa mais rock n’ roll não só o álbum, como do Journey. “Dead Or Alive” é uma daquelas músicas “levanta difunto”. Duetos de baixo e guitarra em outro excelente riff, sem esquecer o refrão arrasador!

“Mother, Father” é a música mais diferente do restante do “Escape”. Maravilhosa faixa com excelente linha de baixo e guitarra. Nem precisamos falar de Steve Perry aqui… Para terminar o debut, mais uma maravilhosa balada, “Open Arms”, que foi o terceiro single deste disco. Clássico absoluto escrito por Perry e Cain. Na verdade, Jonathan Cain começou a escrevê-la quando ainda era membro do The Babys, na Inglaterra. Eventualmente, Cain terminou a canção com Steve Perry durante uma das sessões de gravação deste álbum. “Open Arms” foi colocada no “Escape” na última hora, mesmo contra a vontade de Neal Schon, que declarou odiar essa música. Hoje em dia ele deve ter mudado de idéia…

Outros álbums de JOURNEY…

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dezembro 21, 2007

Deep Purple – 1975 – Come Taste The Band

Filed under: Classic Rock, Hard Rock — Let It Play! @ 9:32 pm

Vejamos os seguintes casos: os Beatles sobreviveriam sem a presença de Jonh Lennon ou Paul McCartney? Led Zeppelin continuaria sem a presença de Jimmy Page? O The Who poderia gravar algo convincente sem a presença de Pete Townshend? Perguntas difíceis de serem respondidas ou nem tanto… Em 1975, uma bomba no mundo musical: Ritchie Blackmore, líder do Deep Purple, sai da banda para seguir carreira solo. Ninguém em sua consciência poderia supor que o Purple continuaria.

Blackmore, além de ser arrogante e de temperamento dificílimo, foi também o grande responsável pelo direcionamento Hard Rock que o Purple seguiria após o album “In Rock”, tirando do tecladista Jon Lord, o centro filarmônico que este queria que o Purple seguisse. Em 73, com a demissão do vocalista Ian Gillan e do baixista Roger Glover, o restante da banda descobre o baixista, vocalista e showman Glenn Hughes (ex-Trapeze) e recrutam o relativamente desconhecido David Coverdale (falam que Paul Rodgers, ex-Free, teria sido sondado para a vaga de vocalista, tendo recusado).

Com esta formação, gravam o clássico “Burn”, onde toda característica pesada e melódica da formação passada juntava-se a uma maior variedade vocal junto com pitadas, ainda que discretas, de soul (este estilo sendo uma das maiores influências dos dois novos integrantes). Disco estourado dos dois lados do Atlântico, shows eletrizantes e a fama do Purple continuou inabalável. Para aproveitar a boa forma da banda, lançam rapidamente o segundo álbum com esta formação, o ótimo “Stormbringer”, onde podemos ouvir muita coisa influenciada pelo soul de Coverdale e Hughes. No disco podemos notar que, pela primeira vez em muitos anos, Blackmore deixa de assinar duas faixas. Embora “Stormbringer” seja uma faixa pesada e “Lady Double Dealer” seja um heavy metal, a maioria do disco segue com músicas com muito groove e vocais estilo Stevie Wonder (cortesia principalmente de Glenn Hughes).

Então, findada a turnê do disco, a bomba: Ritchie Blackmore está fora! David Coverdale tomou a frente da banda, reunindo os sobreviventes e os persuadindo a continuarem. Começam os testes… Até que alguém chega no estúdio com o disco “Teaser” do jovem guitarrista americano Tommy Bolin. Logo, todos da banda interessam-se em conhecer aquele guitarrista de rock mas com uma alma soul que também, há pouco tempo, integrara o James Gang. A integração foi imediata e começam as jams para compôr o novo álbum.

Em 75, com desconfiança de praticamente 99% de críticos e fãs, vem a tona “Come Taste The Band”, o álbum mais bem produzido da banda até então (cortesia de Martin Bitch) que vem logo derrubando tudo com o rock “Comin’ Home”, onde Tommy faz um longo solo rock n’ roll. “Lady Luck” nos trás um típico rock soul cantado magistralmente por Coverdale, trazendo um refrão muito forte. A terceira é uma soul song cantada magistralmente por Hughes e mostrando toda influência que Stevie Wonder tinha sobre o baixista. Guitarras swingadas também dão a tônica da música. Um dos pontos altos do disco. Provavelmente, Blackmore jamais gravaria uma faixa assim.

As próximas faixas, “Dealer”, “I Need Love”, “Drifter” e “Love Child” seguem o mesmo estilo: rock misturado com grandes doses de soul music, com vocais estupendos, guitarras versáteis e uma bateria matadora de Ian Paice. Podemos notar que a ânsia de mostrar ao mundo o guitarrista Bolin, a banda propositalmente ou não, cortou muito da participação de Jon Lord, onde seu trabalho no disco é bem mais discreto. Mesmo assim, junto com Hughes, Jon Lord tocou todos os instrumentos em “This Time Around”, um primor de faixa onde a emoção da voz de Hughes mistura-se com os arranjos belíssimos do sintetizador.

A próxima é uma parte B de “This Time Around”, uma intrumental escrita e muito bem tocada por Bolin. O álbum encerra-se com “You Keep On Moving”, clássico absoluto do Purple, cantada em duas vozes, trazendo memoráveis solos de teclado e guitarra. Se no estúdio o Purple acertou, ao vivo a coisa foi diferente. Bolin, um viciado em heroina, no palco não era 20% do gênio dos estúdios. Glenn, afundado em drogas e álcool, também teve sua performance afetada. Com shows de baixo nível, a conhecida Mark 4 resolve encerrar a carreira. Um final triste para uma formação que gravou um único trabalho e, mesmo assim, entrou para a história.

Agradecimento especial: Ricardo Diamante

Outros álbums de DEEP PURPLE…

Aerosmith – 1976 – Rocks

Filed under: Blues Rock, Classic Rock, Hard Rock — Let It Play! @ 9:31 pm

Rocks, 1976, quarto álbum do Aerosmith, disco de platina quatro vezes consecutivas, clássico absoluto do hard rock! Muita gente aprendeu a gostar de rock n’ roll ouvindo isso. Guitarristas ilustres como Slash (ex-Guns N’ Roses) admitiram ter “Rocks” como disco inspirador em suas carreiras. E não é para menos. Neste álbum temos 35 minutos do mais puro rock n’ roll com pegadas de garage blues.

Mesmo não causando o mesmo impacto devastador na imprensa e crítica como o disco anterior, “Toys In The Attic” (nove platinas), “Rocks” é o típico álbum clássico que merece, no mínimo, muito respeito. O debut abre com a arrasadora “Back In The Saddle”, com sua introdução antológica (música que não costuma faltar nos shows do Aerosmith até hoje). A voz de Tyler estava como nunca. “Last Child” dispensa quaisquer comentários. Maravilhosa canção para não deixar ninguém parado. Riff simples e preciso que entrou para história.

“Rats In The Cellar” é a mais agitada do debut. Rock n’ roll de primeira qualidade, com um clima de garage blues para ninguém colocar defeito. Os tempos eram outros… Nos anos 90, ela foi regravada, em versão ao vivo, por uma banda chamada Babylon AD. “Combination” chega matando a pau com sua guitarra “embolada” e bem crua. Isso soa mais pesado do que é!

Agora temos “Sick As A Dog”, onde temos uma curiosidade em sua gravação. Os integrantes da banda trocaram de intrumentos nesta faixa: o baixo fica por conta de Joe Perry, Hamilton vai para a guitarra base e Whitford parte para o solo. Bela faixa! “Nobody’s Fault” com sua introdução obscura, parece quebrar aquele clima rock n’ roll das faixas anteriores. Muito sugestiva e de levadas contagiantes de guitarra e bateria, “Nobody’s Fault” é uma daquelas músicas pesadas com levada mais cadenciada e lenta. Sem esquecer que o refrão ganha a música!

“Get The Lead Out” chega cheia de swing, com o baixo em evidência. Tipo de faixa que nunca falta em um disco do Aerosmith. “Lick And A Promise” mantém o clima de energia intensa, com uma espécie de hard rock misturado com um bom boogie. Ela representa bem o clima do “Rocks”. Para finalizar o disco, não poderia ser outra música a não ser “Home Tonight”, bela balada, daquelas que só o Steven Tyler sabe compor. O solo de Joe Perry entra na “veia” da música, emocionando até uma pedra. E assim fechamos este clássico do Hard Rock.

Outros álbums de AEROSMITH…

Camel – 1973 – Camel

Filed under: Progressivo — Let It Play! @ 4:52 pm

O Camel foi, de forma incontestável, uma das melhores bandas britânicas de symphonic prog que surgiram durante os anos 70. Com um som fortemente definido pelas guitarras de Andy Latimer e pelos teclados do Peter Bardens, o grupo lança seu álbum de estréia, “Camel”, em 1973. Este é um debut não tão bem “trabalhado” como os álbuns que surgiram nos anos posteriores, porém, é de se considerar que este disco merece uma atenção mais do que especial. Completavam a banda Doug Ferguson (baixo) e Andy Ward (bateria e percussão).

O álbum abre com a música “Slow Yourself Down”, e apresenta arranjos numa linhagem de um hard/rock n’ roll setentista, lembrando alguma coisa do The Doors, principalmente pela parte dos teclados, logo no começo da faixa. Entretanto, a banda já demonstrava, nessa primeira música, muita qualidade sonora, com arranjos complexos e não menos progressivos. A música vai evoluindo aos poucos até que entram os solos de guitarra (Andy Latimer) e teclado (Peter Bardens), nessa ordem.

A próxima faixa se trata do clássico “Mystic Queen”, onde se nota clara influência de Pink Floyd. Música tranquila e harmoniosa, ilustrando a capacidade do Camel em criar belas melodias vocais combinadas com muito bem arranjadas e longas passagens intrumentais, com destaque para a contenção feita pelos teclados, completada pelo viajante solo de guitarra. Sem dúvida, é um dos destaques deste álbum. Quem canta nessa faixa é o baixista Doug Ferguson.

Em seguida, temos a primeira faixa instrumental do disco, chamada “Six Ate”. Aqui percebemos uma nítida influência do jazz intrumental, com melodia sempre tendo como base os teclados e arranjos de guitarra-clean sempre na medida. “Separation” vem depois, outra canção puxada para o lado mais hard rock desse disco, juntamente com “Slow Yourself Down”. Andy Latimer canta em ambas.

Passamos, então, para a quinta faixa do disco, chamada “Never Let Go”. Excelente música, muito bem feita. Após uma introdução baseada num belo dedilhado de violão acompanhado com mais uma base de teclado, a faixa evolui para um som bem característico do Camel, cheio de variações. Neste álbum, é a única que possui o solo de mellotron. Inclusive, essa é a única faixa onde Peter Bardens assume os vocais. Se trata de outro clássico.

Já “Curiosity”, música de quase seis minutos, volta a mostrar grande influência de jazz, principalmente por parte das guitarras de Andy Latimer. Outra bela música cantada por Fersuson. Faixa bem atraente, principalmente, por ser cheia de progressões e, como já é de esperar, belos solos e arranjos de teclado.

Para terminar o álbum, nada melhor que esse grande clássico instrumental do Camel, “Arubaluba”, onde ainda se mantém, como na faixa anterior, a forte influência jazzística, porém com ainda mais vigor. Destaque para os riffs de guitarra ligados aos teclados e, de longe, aos efeitos de mellotron, sem esquecer os grooves de baixo. Música de ritmo rápido e “balançado”, na maioria do tempo, lembrando em muitos momentos alguma coisa do Deep Purple. Enfim, este álbum auto-intitulado é muito interessante e emocionante, porém, não chega a ser a maior obra-prima da banda.

Outros álbums de CAMEL…

Angel – 1975 – Angel

Filed under: Classic Rock, Glam Rock, Hard Rock, Symphonic Prog — Let It Play! @ 4:12 pm

O Angel é um grupo norte-americano de Glam Rock formado em 1975 pelo guitarrista Punky Meadows e pelo vocalista Frank DiMino. Fechavam a formação original da banda: Mickie Jones no baixo, Barry Brandt na bateria e o grande tecladista Gregg Giuffria. O som da banda é basicamente uma mistura de elementos de classic e hard rock com rock progressivo (principalmente, nos primeiros anos do Angel). Entre as influências mais gritantes no som desses cara, podemos destacar The Beatles, Sweet, Supertramp e Led Zeppelin.

Em 1975 é lançado o primeiro trabalho do grupo, auto-intitulado. O álbum abre com “Tower”, talvez o maior clássico da história do Angel. De cara vemos o que virá pela frente: arranjos repletos de sintetizadores, melodias muito bem trabalhadas, seja quanto as guitarras, baixo e bateria. A voz singular de DiMino também é um grande destaque. Embora tenha sete minutos de duração, ela não é progressiva, mesmo apresentando alguns elementos do estilo. “Broken Dreams” já é mais rock n’ roll, lembrando alguma coisa do Uriah Heep. Aqui o espírito progressivo da banda se aflora mais. Bom solo, ótimos temas e grandes arranjos.

“Long Time”, juntamente com “Tower”, são as maiores faixas do debut. Balada rock n’ roll bem ao clima de “Stairway To Heaven”, mostrando influência de Led Zeppelin. A medida que as músicas vão passando, notamos com clareza suas influências. Em seguida temos “Mariner”, uma balada melancólica, bem ao estilo do disco “Crime Of The Century” do Supertramp. “Rock & Rollers” começa de forma estranha, mas logo vira um grande rock, com riff e melodia contagiantes, deixando à parte o lado mais progressivo da banda.

O clima de rock n’ roll parece continuar em “Sunday Morning”, mas logo os sintetizadores de Giuffria ficam em destaque. O solo de Meadows também não fica para trás. “On & On” mostra novamente influências de Led Zeppelin. Um rock clássico, sem muitos enfeites de teclados. O disco fecha com o tema “Angel”, que mais parece abertura de discos do Eloy, banda de space rock. Enfim, um álbum de rock, mas com muitos elementos progressivos, para agradar os dois tipos de público.

Outros álbums de ANGEL…

Trapeze – 1970 – Trapeze

Filed under: Classic Rock, Hard Rock — Let It Play! @ 2:41 am

Trapeze é uma banda inglesa de hard rock, formada em março de 1969, pelo vocalista John Jones e o guitarrista/tecladista Terry Rowley, este último dando o nome à banda. Juntaram-se a eles o guitarrista Mel Galley, o baterista Dave Holland e o baixista Glenn Hughes, seu membro mais ilustre. O grupo teve duas fases: a primeira acabando em 1982 e a segunda iniciando uma volta em 1991 e terminando com o fim definitivo do Trapeze em 1994.

“Trapeze”, lançado em 1970 pela gravadora Threshold, é o primeiro trabalho da banda em estúdio. A pequena peça “It’s Only A Dream” abre o disco, servindo de introdução à segunda faixa “The Giant’s Dead Hoorah!”, composição de Hughes. Se trata de um rock n’ roll com dois temas: o primeiro bem agitado, onde o vocal de Glenn Hughes dá um verdadeiro show e o segundo uma melodia tranquila e melancólica.

Em seguida chega “Over”, apresentando belas linhas de côro logo nos primeiros segundos da faixa. Com uma levada folk, a faixa segue apoiada no baixo sempre competente de Hughes. As guitarras também estão muito bem trabalhadas aqui. Com certeza um dos destaques deste debut! A balada relaxante “Nancy Gray” vem logo depois. O que dizer dos vocais de Glenn Hughes? Como sempre, demais!

“Fairytale”, como o nome mesmo induz, inicia com uma melodia medieval de órgão que logo vira um rock n’ roll bem cadenciado, terminando com um belo arranjo jazz rock. “Verily Verily” vem como complemento de “Fairytale”, onde, de longe, podemos ouvir a suave flauta tocada por Rowley. Os côros mais uma vez muito bem arrumados dão mais um show nesta faixa. “Fairytale II” vem como terceiro tema, desta vez mais rock n’ roll.

Chegamos à “It’s My Life”, oitava faixa do álbum (se não contarmos as 3 anteriores como um medley). Se podemos considerar alguma faixa deste álbum como comercial, “It’s My Life” com certeza seria a apontada. Balada de muita qualidade melódica seja instrumental ou vocal. “Am I” é a faixa mais diferente do disco, mostrando um lado meio barroco e até psicodélico da banda.

Agora temos “Suicide”, mais um ponto forte do debut. A faixa abre com uma melodia obscura de órgão que é mantida até a entrada do restante dos instrumentos e vocais. Um verdadeiro show vocal acompanhado de excelentes linhas de baixo. Em “Wings” temos os detaque para a voz de Hughes e, principalmente, pelos arranjos de baixo e guitarra em conjunto. Excelente!

“Another Day” é o tipo da música que não poderia faltar neste álbum. Linda balada que se inicia com uma contenção sugestiva de órgão. Se colocassemos essa música em cima de “Stairway To Heaven”, é capaz de tomarmos um susto com tantas passagens em comum. “Send Me No More Letters” mostra boas influências de The Beatles, principalmente, pelo encaixe dos arranjos de cordas. O disco termina com “It’s Only A Dream – Reprise”, mais uma pequena peça.

Outros álbums de TRAPEZE…

The Faces – 1970 – First Step

Filed under: Blues Rock, Classic Rock, Country Rock — Let It Play! @ 12:53 am

“First Step”, lançado nos Estados Unidos como “Small Faces”, é o primeiro álbum da banda britânica The Faces, copilado em 1970, poucos meses depois de ter sido formada. O grupo foi originado das cinzas do The Small Faces (de Ronnie Lane, Kenny Jones e Ian McLagan) e The Jeff Beck Group (de Rod Stewart e Ron Wood). Este trabalho até rendeu bons frutos, entrando na Billboard.

O álbum abre com “Wicked Messenger”, um rock n’ roll bem cadenciado com boas linhas de órgão e baixo. Esta música é de Bob Dylan. A balada soul rock “Devotion” vem em seguida, cheia de emoção, sustentada na voz rouca de Rod Stewart. Logo chega “Shake, Shudder, Shiver”, faixa cheia de swing, misturando country rock e blues na dose certa. O clima country fica mais evidente em “Stone” e “”Around The Plynth”, esta última cheia de slides de Ron Wood.

A sexta faixa é mais uma balada puxada para o soul. “Flying” emociona e Rod Stewart é, mais uma vez, um dos principais resposáveis por uma power ballad do The Faces. Em seguida temos a intrumental “Pineapple and the Monkey”, composição de Ron Wood. Mesmo sendo composta por um guitarrista, o destaque aqui fica para o órgão Hammond de McLagan.

Chega a excelente “Nobody Knows”, faixa cheia de elementos folk, blues e country, lembrando alguma coisa dos Stones. Em seguida temos “Looking Out The Window”, única música do debut que o baterista Kenny Jones assina como compositor, juntamente com McLagan. Resultado: mais uma faixa intrumental de muito bom gosto, destacando bateria e órgão, mais uma vez. “Three Button Hand Me Down” finaliza o álbum em alta classe. Um grande rock n’ roll com o baixo bem em evidência.

Outros álbums de THE FACES…

dezembro 20, 2007

Raquel – 1989 – Raquel

Filed under: Hair Metal, Hard Rock, Melodic Rock — Let It Play! @ 9:51 pm

Raquel é uma daquelas de bandas de hard rock originadas na Sunset Strip, no final dos anos 80. Formavam o Raquel: Ron English nos vocais, Kevin McDonald e Eric Gadrix nas guitarras, Billy Covert no baixo e Sean McDonald na bateria. Embora a banda tenha conseguido o feito de emplacar um clipe na MTV, “Pop Goes The Music”, eles nunca conseguiram fazer grande barulho nas crítica, tanto pelo enorme número de bandas do mesmo estilo na época e pela entrada do grunge nas rádios, que ocasionou o final de, pelo menos, 90% de todas aquelas bandas.

Este álbum auto-intitulado, de 1989, foi o único registro da banda em estúdio. Refrões grudentos, guitarras competentes e melodias fortes dão a cara deste debut. Em 2001, este trabalho foi relançado pela Metal Mayhem Records.

“Pop Goes The Music”, a música de maior impacto do Raquel, abre o disco em grande estilo. Com uma pegada bem Warrant e um riff gordo a música segue com um refrão forte e solo completando a faixa. “Love Don’t Go” vem em seguida mantendo o mesm clima da primeira faixa e bem que poderia ser um hit, sem dúvida.

“Dark City” é a terceira e maior música do álbum, com mais de seis minutos de duração. O destaque aqui é para a bateria que fica mais em evidência, na maior parte da faixa. A balada alegre “Everywhere I Go” vem em seguida, lembrando, de longe, alguma coisa do Blind Melon. A quinta faixa é “Angel”, música de melodia simples e contagiante ao melhor estilo Firehouse e White Lion. “Darlin” mantém o mesmo clima, porém, lembrando claramente Danger Danger, com Ted Poley.

O disco segue com “Kiss Her Goodbye”, onde notasse uma produção diferente das faixas anteriores, principalmente pela parte da bateria. O disco cai um pouco com essa faixa, que em nada acrescenta ao debut. “Take Me Down” seria uma espécie de Winger um pouco mais melódico. Para terminar o disco, temos “J.G.W.”, grande hard com todos os elementos necessários.

The Beatles – 1968 – The Beatles

Filed under: Classic Rock, Psychedelia — Let It Play! @ 8:44 pm

Qual banda em sua consciência, nos dias de hoje, gravaria um álbum duplo em menos de um ano do lançamento de sua obra mais importante? Entretando, em 1968, sairia “The Beatles”, aquele disco cuja a capa toda branca ficaria lembrada para todo e sempre como “White Album”. Gravado meses depois do seminal “Sgt. Peppers” e dos compactos duplos da trilha do filme Magical Mistery Tour, os Beatles estavam desgastados pessoalmente, mas não na inspiraçao. Muitos críticos e fãs dizem ser este o melhor trabalho que o quarteto gravou. Nele se encontra de tudo: brincadeiras com os críticos que encontravam “mensagens subliminares” nas letras das músicas do grupo, blues, vaudeville, country rock, pré-heavy metal, música experimental, ataques pessoais, brigas, amor, ódio, solidão, porcos…

Durante a gravação vários desentendimentos fizeram com que a banda quase acabasse (Ringo chegou a deixar a banda, voltando semanas depois). Muitas faixas não contam com a colaboração dos quatro e sabe-se que a pressa em terminá-lo gerou esta áurea que até Jonh Lennon falou: “este disco é um disco de Jonh Lennon com uma banda, Paul com uma banda e George com uma banda… não é um disco dos Beatles…”. Comentários polêmicos de Jonh a parte, “White Album” é sim uma obra prima.

O álbum abre com “Back in the URRS”, um rock básico e direto, meio que uma mensagem para aqueles que acusaram os Beatles de não saberem mais tocar rock and roll, por conta das experimentações dos 3 discos anteriores. Na música, Paul comanda a bateria assim como na proxima “Dear Prudence”, uma balada belíssima que Lennon compôs para Prudence, irmã de Mia Farrow que estava passando por diversos problemas de ordem psicológica nos meses que a banda estava na Índia fazendo meditaçao trancedental com o Marrarishi Yogi. Abro parênteses para a linha de baixo que Paul compôs para esta faixa e sua performance como baterista. “Glass Onion” foi uma brincadeira de Jonh, fazendo uma letra para gozar com os críticos que ficavam buscando mensagens em suas letras. É nela que ele diz que o “Walrus Is Paul”.

“Ob-la-di Ob-la-da” é a proxima, um pop reggae muito legal. Quem se ligou no Anthology ouviu que a primeira versão dela era bem diferente. Reza a lenda que no dia de sua gravaçao, Jonh chegou atrasado, correu para o piano e pedindo desculpas, começou a tocá-la de maneira mais rápida do que nos ensaios anteriores. Paul gostou muito e ela ficou como conhecemos. “Wild Honey Pie” é uma pequena peça de menos de um minuto, servindo de abertura para “The Continuing Story Of Bungalow Bill”, música de Jonh que traz como participação especial a voz infantil e extremamente aguda de Yoko Ono em uma frase.

Se George Harrison só tinha direito de gravar uma música de cada lado de um álbum, então no “White Album”, que é duplo, ele entrou com quatro faixas. Se você levar em conta que o disco inteiro tem 30 faixas, você pode ter a noção de que como Jonh e Paul, minimizavam a criatividade do guitarrista como compositor. Mas George, que também era tão bom quanto seus companheiros, trouxe Eric Clapton para participar daquela que muitos consideram a melhor música do disco. “While My Guitar Gently Weeps” fala, digo, chora em nossos ouvidos. Linda melodia e linda letra que se completam com um solo de Clapton que já entrara na história da música. “Happiness Is A Warm Gun”, música hipnotizante onde pode-se destacar o andamento da bateria de Ringo Starr e os backings vocals de Paul e George simulando o som de uma arma disparando (bang-bang).

O lado B do bolachão começa com “Martha My Dear”, canção que Paul compôs, segundo alguns, para sua cadela. Seu trabalho no piano e os metais tocados por músicos de estúdio são os destaques. “I’m So Tired” de John é bem arrastada onde ele diz que não conseguiu pregar os olhos à noite e no fim brada que quer um pouco de paz de espirito. “Piggies” de Harrison, foi composta na Índia. Esta faixa era uma das favoritas do maníaco serial-killer Charles Manson, que achava que a letra, assim como “Helter Skelter”, eram mensagens de uma suposta rebelião contra negros e “seres inferiores” onde o próprio Manson seria o lider. Ele chegava a assassinar pessoas e escrevia com sangue a palavra “Piggies”.

“Rocky Racoon” é uma deliciosa canção que lembra os saloons do velho oeste americano. George Martin toca o piano solo. “Don’t Pass Me By” é a primeira composição solo de Ringo Starr e também lembra músicas de country e western. Ótimo refrão.

Segundo alguns, Lennon teria ficado muito chateado por nao ter sido chamado por Paul para ajuda-lo em “Why Don’t We Do It In The Road”. Na verdade, Paul tocou todos os instrumentos e cantou muito nesta faixa e defendeu-se dizendo que Jonh estaria em outro estúdio colaborando com uma faixa de George. “I Will” é uma baladinha acústica muito bonita. O primeiro disco encerra-se com a tocante balada voz e violao que Jonh compos para sua mae, Julia. Simples, linda e emotiva. É assim que o primeiro disco encerra-se.

O segundo disco do “White Album” abre com o clássico “Birthday”, uma das últimas músicas que John Lennon e Paul McCartney colaboraram juntos para composição. “Yer Blues” vem logo em seguida e, como o nome mesmo induz, se trata de um blues rock com uma levada um tanto psicodélica. Esta foi a única música dos Beatles que John cantou ao vivo no Festival de Toronto em 1969. A terceira faixa é “Mother Nature’s Song”, gravafa somente por Paul. Paul declarou que compôs “Mother Nature’s Son” lembrando-se de seus tempos de infância, quando ficava encantado ao passear com sua turma de classe pelos campos ingleses ouvindo o professor discorrer sobre as espécies de pássaros.

“Everybody’s Got Something To Hide Except Me And My Monkey”, mais uma com pitadas de psicodelismo, é a quarta faixa, com o excelente vocal de John Lennon. “Sexy Sadie”, que fala sobre a desilusão de John pelo fato do guru Maharishi ter tentado seduzir Mia Farrow, é talvez um dos pontos mais fortes desta segunda parte do álbum branco. Balada sarcástica, bem ao gosto de John Lennon.

“Helter Skelter”, clássico absoluto não só dos Beatles como também do rock n’ roll, foi resultado de uma tentativa de Paul gravar a música mais barulhenta que ele pudesse fazer depois de saber que o grupo The Who havia feito algo semelhante em “I Can See For Miles”. Existe uma versão de 27 minutos que não entrou no álbum e continua inédita até hoje. Vários grupos regravaram esta faixa, entre eles, U2 e Mötley Crüe!

“Long, Long, Long”, balada relaxante, vem logo em seguida, a primeira das duas faixas compostas por George Harrison nesta segunda parte do álbum. “Revolution 1” é praticamente uma versão acústica da música “Revolution” que apareceu no compacto junto com “Hey Jude”. A nona faixa, “Honey Pie”, é nada mais nada menos que uma música western com clima psicodélico, que dificilmente você vai escutar algo parecido em outro lugar.

Em seguida mais uma composição de Harrison, a excelente “Savoy Truffle”, com destaque para o órgão e guitarra fuzz muito bem encaixadas. Ela foi inspirada em uma caixa de bombons, especialmente para seu amigo Eric Clapton, doido por doces. Quando você pensa que já escutou muitas músicas boas num disco apenas, chega “Cry Baby Cry”, mostrando que criatividade e inspiração não faltava à banda naquela época. John baseou-se em histórias que ouvia quando era criança para compor.

“Revolution 9”, uma das maiores provas da presença de Yoko Ono no álbum, se trata de verdadeira colagem de sons que posteriormente se tornaria o estilo dos três primeiros álbuns experimentais de John e Yoko. Paul foi o único beatle a não participar das gravações. Para finalizar o disco, enfim, “Good Night”, escrita por John para seu filho, Julian. Foi cantada por Ringo acompanhado em estúdio por uma orquestra.

Agradecimento especial: Ricardo Diamante

Outros álbuns de THE BEATLES…

Blind Faith – 1969 – Blind Faith

Filed under: Blues Rock, Classic Rock, Folk Rock — Let It Play! @ 6:47 pm

Depois do final do Cream, Eric Clapton participou de outro super grupo, desta vez em 1969, o Blind Faith, juntamente com Baker, Steve Winwood e Rick Grech. O Blind Faith surgiu quase que por acaso. Em busca de diversão, Clapton convidou o amigo Steve Winwood, e juntos começaram a levar algumas jams. Embora Clapton não quisesse integrar mais uma banda naquele momento, acabou cedendo.

Resultado, um álbum clássico que qualquer fã de rock n’ roll deve ter em sua coleção. Clássicos como “Can’t Find My Way Home” e a antológica “Presence Of The Lord” podem falar por si mesmas. Sem dúvida, “Can’t Find My Way Home” é um dos melhores registros de Steve Winwood nos vocais. “Presence Of The Lord” se trata de uma “papo” de Eric Clapton com Deus, a quem sempre foi comparado (The God).

Além destas duas faixas histórias, temos mais meia dúzia de grandes músicas, incluindo o rock n’ roll “Hard To Cry Today”, que abre o disco, e a incrível “Do What You Like”, onde todos os integrantes solam, formando uma faixa de quase 16 minutos de duração.

A capa do disco nos traz mais uma curiosidade. Se trata da filha de Baker posando com o peito nu e segurando um avião para lá de fálico. Isso causou grande polêmica na época, gerando inclusive a proibição da venda do disco nos Estados Unidos, o que levou a gravadora a lançar uma versão exclusiva para o mercado americano, com uma foto do grupo no lugar da capa original.

Y&T – 1976 – Yesterday & Today

Filed under: Hard Rock — Let It Play! @ 5:30 pm

Primeiro trabalho desta magnífica banda de hard rock, surgida em meados dos anos 70. O início da banda pode parecer um pouco obscuro para alguns, talvez pelo fato do auge da banda ter ocorrido anos 80, principalmente com o álbum “Down For The Count”, de 1985, que emplacou o maior hit do Y&T, “Summertime Girls”. Neste primeiro álbum da banda, de 1976, você encontrará um rock clássico, bem setentista, com claro destaque para os solos cheios de personalidade de Dave Meniketti, que já mostrara ser um grande guitarrista, bem na linha de Gary Moore.

As duas primeiras faixas mostram um hard rock bem contagiante, com riffs de muito bom gosto e vocais suficientemente bons. A terceira faixa, “Game Playing Woman”, já se trata de um rock n’ roll mais cadenciado, com bem trabalho de bateria, chegando a lembrar alguma coisa do Led Zeppelin. O ritmo de descontração, marca registrada do Y&T, volta com a faixa de número quatro, “Come On Over”. “My Heart Play Too” vem logo em seguida, talvez um dos pontos chaves deste álbum ser grandioso. Balada com clima Blues, que já nos mostrava o que viria no futuro. Meniketti mostrara ser um exímio compositor de belas baladas, também. Faixa que quase sete minutos, mas que não cansa a mente de que a ouve. As faixas posteriores são o mais puro rock n’ roll, fechando o disco com a forte “Beautiful Dreamer”.

Enfim, um grande álbum de Hard Rock. Um álbum de qual não podemos esperar “hits grudentos” como “Anytime At All”, “Open Fire” e “Summertime Girls”, mas um forte trabalho de rock n’ roll com pitadas bluesy, com destaque para as guitarras e vocais de Dave Meniketti.

Outros álbums de Y&T…

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Filed under: Avisos — Let It Play! @ 3:04 pm

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